Não tão conhecido assim...


I need to make a choice, but I'm just a teenager!

Você conhece o vestibular?

Eu sei que a resposta é ridiculamente óbvia. Mas eu insisti em fazer a pergunta mesmo assim. Por que, sinceramente, você o conhece mesmo? Pois eu não.

Só sei que ele não é nosso amigo e muito menos um completo desconhecido. É uma coisa, um ser ou seja lá o que for, que aparece em nossas vidas e se intromete sem pedir permissão. Não adianta dar as costas pra ele, pois não é questão de querer, ele simplesmente vai te acompanhar por todos os dias e te atormentar por todas horas, isso é fato.

E então, aparecerão milhares de pessoas que se dizem com experiência o suficiente para lhe dar conselhos, dicas e sugestões sobre ele. As tarefas antes descompromissadas ganharão um peso tão grande que nem mesmo os melhores e mais coerentes motivos justificaram as suas realizações.

Também já cheguei a pensar que fosse uma doença. Uma epidemia que atinge um grande número de pessoas em uma determinada época. Sem cura imediata, ela te põe em casa, tendo que se afogar em livros como tratamento e o único remédio sendo a “aprovação”.

E o engraçado que ele também não é uma má companhia. Porque quando se tem uma dessa por perto, seus pais são os primeiros a te barrar, alertar e fazer de tudo para lhe deixar bem longe desse amigo não benéfico. É contraditoriamente o que acontece com o sujeito conhecido como vestibular, se você tentar se afastar, são eles os primeiros a te colocar cada vez mais perto e te lembrar sobre a sua existência, caso você se esqueça por algum momento.

Os meus últimos seis meses foram marcados pela chegada de compromissos, responsabilidades e escolhas esperando serem feitas. E os seis restantes... para decidir tudo isso. Simples não?! Só devo escolher, dentre tantas, uma carreira que eu seguirei por toda a minha vida, considerando que eu tenho apenas 16 anos. E isso tudo acontece na fase em que dizem ser “os melhores anos de nossas vidas”. E digo que não. Ele pode ser melhor do que teoricamente dizem que é!

Como? Que tal começando pelo extermínio desse tal de vestibular? Sabe que seria uma boa solução... Tudo bem. Não é pra tanto! Querendo eu não, eu preciso dele pra começar a construção do meu futuro, embora não faça a mínima idéia de como ele vá a ser.

Ah e ainda tem outra... Quando ele começa a fazer parte de sua vida, você além de ser uma estudante, se torna um vestibulando! Que fofo não?! Ele também quer fazer parte de sua descrição!

Enfim... Prefiro nem o conhecer, e sim esperar, só esperar que tudo isso termine e que com ele vá embora toda a tensão e os diversos sentimentos angustiantes que ele nos trás. Mas é claro, que ele termine deixando a satisfação da conquista e a vitória em seu lugar.